O clima frio e seco, típico do inverno, está relacionado
à ativação das doenças alérgicas, dentre elas as conjuntivites, que também
podem ser virais ou bacterianas. A patologia se manifesta, em especial, por
coceira e olho vermelho, e, apesar da pouca gravidade e de ser autolimitada,
provoca muito incômodo e é altamente contagiosa. Especialistas fazem um alerta para a transmissão, que acontece pelo contato direto
com a pessoa acometida ou com objetos contaminados que tenham entrado em contato
com o olho afetado. O período de incubação é de 3 a 4 dias e o curso da doença
é de 7 a 10 dias.
“O aumento considerável de casos de conjuntivite no
inverno ocorre devido ao tempo frio que favorece a disseminação de vírus,
resultando em mais casos de conjuntivite viral. Além disso, o tempo seco e as
queimadas, típicas da nossa região, contribuem para o aumento de casos de
conjuntivite alérgica. Também há outros tipos de conjuntivite, como a
bacteriana e a química, pela exposição a certos produtos. Por isso, é
importante diferenciar o tipo de cada uma para um tratamento adequado”,
orientou o oftalmologista Pedro Morais.
O proffisional menciona que todas as faixas etárias estão sujeitas
a infecções oculares, sem uma idade específica mais propensa. No entanto, as
crianças podem ter mais infecções devido ao contato frequente com os olhos,
enquanto idosos podem ser afetados em decorrência da baixa imunidade.
“É importante ter cuidados preventivos em todas as faixas
etárias para evitar o contágio da doença. Algumas medidas de precaução incluem
não coçar os olhos; higienizar as mãos regularmente; não compartilhar objetos
pessoais como toalhas e produtos de maquiagem; trocar a roupa de cama e toalhas
semanalmente; garantir que a piscina esteja bem tratada ao nadar para evitar
conjuntivite bacteriana; evitar o uso indiscriminado de colírios, verificando
sua validade; evitar exposição a agentes irritantes como poeira, fumaça e
produtos químicos, para prevenir conjuntivite alérgica ou química, e ter
cuidado ao interagir com pessoas com conjuntivite, evitando abraços, apertos de
mão e beijos, além de limpar objetos compartilhados”, pontuou.
O especialista cita que os principais sintomas da doença
são coceira nos olhos; lacrimejamento; secreção (que pode ser purulenta ou
transparente); inchaço nas pálpebras; sensibilidade à luz; sensação de corpo
estranho no olho; pálpebras grudadas ao acordar; visão turva e possíveis
complicações, como formação de membranas ou infiltrados. Também podem ocorrer
febre e dor de garganta, no caso de conjuntivites virais, além de espirros,
coriza e rinite, nas conjuntivites alérgicas. Ele destaca a importância de
procurar um médico para o tratamento adequado.
“É importante ter cuidado ao escolher o colírio para tratar
a conjuntivite, pois o tratamento varia entre conjuntivite alérgica e viral.
Usar o tratamento errado pode piorar a condição, como aplicar corticoide no
início do quadro de conjuntivite viral, o que pode agravar a situação. É
essencial ter atenção e não aplicar qualquer medicamento sem orientação
adequada”, finalizou o oftalmologista. Fonte: J3News