Nesta sexta-feira (8), o Brasil abre sua
participação nas Eliminatórias para a Copa do Mundo de 2026 diante da Bolívia,
no estádio Mangueirão, em Belém, às 21h45. O começo da caminhada é também
o primeiro compromisso de Fernando Diniz como técnico interino da
seleção desde que foi anunciado para o cargo, em julho.
Os 23 convocados pelo comandante do Fluminense começaram
a se apresentar para os treinos em Belém na última segunda-feira (4). O último
a chegar foi o atacante Gabriel Jesus, do Arsenal, chamado após a desconvocação
de Antony, do Manchester United, investigado por agressões à ex-namorada
Gabriela Cavallin.
A expectativa é que Diniz leve a campo a seguinte formação: Ederson, Danilo, Marquinhos, Gabriel Magalhães e Renan Lodi; Casemiro, Bruno Guimarães, Neymar e Rodrygo; Raphinha e Richarlison.
Fora das primeiras listas depois da Copa de 2022, feitas
por Ramon Menezes, Neymar, agora atuando no Al-Hilal, da Arábia Saudita, tem a
chance de fazer história no Mangueirão. Se marcar, chega a 78 gols pelo Brasil,
ultrapassa Pelé e se torna de forma isolada o maior artilheiro da história da
seleção, de acordo com as contas da FIFA. Vale lembrar que, para a CBF, que
contabiliza outros gols em amistosos, Pelé marcou 95 gols com a camisa verde e
amarela.
Já se sabe que Neymar, assim como Pelé, usará a 10 nesta
sexta-feira (8). A CBF divulgou a numeração para os dois próximos jogos da seleção
pelas Eliminatórias.
Outro ponto de interesse é ver como o estilo de Diniz
será colocado em prática na seleção. Contratado para fazer a ponte para o
próximo técnico que deve assumir a partir de 2024, especula-se o nome do
italiano Carlo Ancelotti, do Real Madrid. Diniz, que tem um ano de contrato, é
conhecido por ser adepto da manutenção da posse de bola desde o campo de defesa
e pela preocupação com o lado estético do jogo, pensando em praticar um futebol
vistoso. Nove atletas do grupo atual já foram treinados por ele em algum
momento da carreira. Outros ainda estão sendo apresentados aos conceitos do
treinador, como o volante Casemiro, que foi o capitão da seleção nos últimos
jogos.
“Nós sabemos que cada treinador tem sua filosofia, suas
qualidades, sua forma de jogar. O Fernando Diniz está nos mostrando vídeos,
está nos dizendo como gosta de ver o time jogar. Já temos uma base que veio da
Copa do Mundo. Não vai ser problema essa adaptação”, acredita Casemiro.
Depois da Bolívia, o Brasil enfrentará o Peru, em Lima,
na próxima terça-feira (12), às 23h de Brasília. Com o aumento do número de
participantes para 48 seleções na próxima Copa, agora as Eliminatórias
Sul-Americanas fornecem seis vagas diretas e a possibilidade de mais uma na
repescagem.
Como de costume, são dez países na disputa (Argentina,
Bolívia, Brasil, Chile, Colômbia, Equador, Paraguai, Peru, Uruguai e Venezuela)
que se enfrentam em turno e returno, totalizando 18 partidas para cada equipe.
A última rodada está prevista para acontecer em 9 de setembro de 2025. As seis
primeiras rodadas serão disputadas ainda em 2023. Agencia Brasil