O Brasil confirmou o primeiro caso da variante EG.5 da Covid-19, uma subvariante da Ômicron, conhecida popularmente como Éris. Segundo
informações do Ministério da Saúde, a notificação veio do estado de São Paulo
na noite de quinta-feira, 17. Trata-se de uma paciente do sexo feminino, de 71 anos,
que reside na capital paulista. Atualmente, este é o tipo mais comum no mundo
todo. A Organização Mundial de Saúde (OMS) já registrou casos desta nova cepa
em ao menos 51 países.
De acordo com o Centro de Informações Estratégicas em Vigilância em Saúde
(Cievs), a paciente já está curada, tendo apresentado os primeiros sintomas de
febre, tosse, fadiga e dor de cabeça em 30 de julho, sendo que fez a coleta
para exame laboratorial em 8 de agosto. "A informação é de que a senhora
está com o esquema vacinal completo", afirma o ministério. Apesar da confirmação, o ministério reforça que a
situação permanece estável no país e afirma que monitora permanentemente o
cenário epidemiológico da doença.
Conforme a Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo (SES), a paciente chegou
a dar entrada em unidade hospitalar privada no dia 3 de agosto, mas teve alta
médica no dia seguinte. Na quinta-feira, 16, o Centro de Vigilância
Epidemiológica (CVE) recebeu a confirmação do primeiro caso da nova cepa EG.5,
por meio do laboratório de hospital privado da capital paulista.
A secretaria estadual afirma ainda que a confirmação de
variantes ocorre por meio de sequenciamento genético. "A pasta mantém o
monitoramento do cenário epidemiológico em todo o território estadual. A
investigação epidemiológica será realizada pela vigilância municipal",
disse em nota.
"Monitoramos e avaliamos permanentemente as evidências científicas mais
atuais em nível internacional e o cenário epidemiológico da covid-19. A pasta
está atenta às informações sobre novas subvariantes e mantém contato permanente
com a Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS) e a OMS sobre o cenário internacional",
ressaltou em nota o Ministério da Saúde. Ainda de acordo com o ministério, para evitar casos graves, a vacinação é a
principal medida de proteção. "A recomendação da vacinação como principal
medida de combate à covid-19 se torna cada vez mais importante, com atualização
das doses de reforço para prevenção da doença", disse em comunicado.
Desde o fim da emergência, decretado pela OMS em maio deste ano, ainda se
mantém a recomendação para que os grupos de maior risco de agravamento pela
doença continuem a seguir as medidas de prevenção e controle não
farmacológicas, incluindo o uso de máscaras em locais fechados, mal ventilados
ou aglomerações, além do isolamento de pacientes infectados com o vírus
SARS-CoV-2. Ainda conforme o ministério, a recomendação também vale para
pessoas com sintomas gripais.
"Também está disponível gratuitamente em toda a rede do Sistema Único de
Saúde (Sus) o antiviral nirmatrelvir/ritonavir para ser utilizado no tratamento
da infecção pelo vírus logo que os sintomas aparecerem e houver confirmação de
teste positivo", acrescenta a pasta. Antes da confirmação do primeiro caso no Brasil, na manhã de quinta-feira, a
Sociedade Brasileira de Infectologia (SBI) já havia feito alerta sobre a
variante. A SBI recomendou o uso de máscaras pela população de risco, como
idosos, gestantes e imunodeprimidos, em ambientes fechados.
A cepa possui mutações que conferem maior capacidade de transmissão e de escape
imune, tornando-a capaz de aumentar o número de casos mundialmente e se tornar
a cepa predominante. Apesar destas características, a OMS classificou a EG.5
como de baixo risco para a saúde pública em nível global uma vez que não
apresentou mudanças no padrão de gravidade de doença (hospitalização e óbitos)
comparada às demais.
Casos de Covid no Brasil
O Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass)
informou que foram registradas 157 mortes por covid-19 na última semana
epidemiológica. Também foram contabilizados 11.332 novos casos no mesmo
período.
Ao todo, são 705.054 mortes pela doença no Brasil desde o
início da pandemia, em 2020. No total, são 37.750.389 diagnósticos confirmados,
também desde 2020. Fonte: O Dia