O Estado do Rio de Janeiro encontra-se com todo o seu
território classificado em bandeira amarela, de baixo risco para Covid-19. É o
que mostra a 64ª edição do Mapa de Risco da Covid-19, divulgada nessa
sexta-feira (14.01) pela Secretaria de Estado de Saúde (SES). A análise faz a
comparação da primeira semana epidemiológica (SE) deste ano, a SE 1 (de 02 a 08
de janeiro), com a penúltima de 2021, a SE 51 (de 19 a 25 de dezembro). No
entanto, o panorama da doença no Estado piorou, já que, de acordo com a edição
anterior do mapa de risco a maioria das regiões vinha sendo classificada
como bandeira verde, que representa risco muito baixo de contágio.
As taxas de positividade para SARS-COV-2 em testes RT-PCR
no período de 04 a 11 de janeiro sofreram aumento de 38%, porém os óbitos
tiveram redução de 28%. Todas as Regiões de Saúde ainda apresentaram uma taxa
de ocupação de UTI e Enfermaria inferior a 40%.
Um aumento repentino na taxa de positividade dos testes
de RT-PCR para detecção da Covid-19 foi identificado a partir de meados da 52ª
semana epidemiológica (de 26 de dezembro a 01 de janeiro), quando o índice
passou de 1,4%, no fim de dezembro, para mais de 20% nos primeiros dias de
janeiro. O sistema de informações observou aumento no índice de positividade
para a doença e, portanto, as semanas epidemiológicas desta edição do Mapa são
mais recentes. O objetivo foi fornecer à população os índices mais atualizados
e fidedignos.
“Desde o início de janeiro, estamos observando aumento no
número de casos por conta da circulação da variante Ômicron. Como as semanas
analisadas para confecção do Mapa são anteriores a este período, entendemos que
seria melhor avaliarmos os dias mais recentes. Diante deste cenário,
recomendamos que continuem a respeitar as medidas e completem o esquema vacinal
logo que possível”, esclareceu o secretário de Estado de Saúde, Alexandre
Chieppe.
Além do rol de indicadores selecionados para cálculo do
painel, a Secretaria buscou refinar a análise por meio da avaliação de indicadores
mais precoces do volume de demanda de leitos específicos para Covid-19, como
atendimento em UPAS, número de solicitações e fila de espera por leito. Esses
indicadores são de suma importância, pois refletem de maneira mais rápida e
sensível a real demanda de atendimento de casos no estado, sem interferência de
atraso na informação. Os indicadores do Mapa de Risco são mantidos por
oferecerem uma análise homogênea para todos os municípios.
Cada bandeira representa um nível de risco e um conjunto
de recomendações de isolamento social, que variam entre as cores roxa (risco
muito alto), vermelha (risco alto), laranja (risco moderado), amarela (risco
baixo) e verde (risco muito baixo). Os resultados apurados para os indicadores
apresentados devem auxiliar a tomada de decisão, além de informar a necessidade
de adoção de medidas restritivas, conforme o nível de risco de cada localidade.
Imunização infantil
Na manhã desta sexta-feira, a SES recebeu 93.500 doses da
vacina da Pfizer contra a Covid-19 destinadas à imunização de crianças de 5 a
11 anos. Os municípios do Rio de Janeiro, Niterói, São Gonçalo, Maricá e
Itaboraí retiraram à tarde seus lotes na Central de Armazenagem. Para os demais
municípios das Regiões Metropolitanas I e II, a retirada ocorre neste sábado no mesmo
local. A entrega às demais cidades será feito por um helicóptero que saiu do
Grupamento Aeromóvel da Polícia Militar, em Niterói, às 6h30 deste sábado (15)
e vans e caminhões que partiram da CGA a partir das 7h.
A previsão é que, a partir desta segunda-feira (17/01),
todos os municípios possam dar início à vacinação. A meta é vacinar cerca de
1,5 milhão de crianças de 05 a 11 anos em todo estado. A recomendação da SES é
que sejam vacinadas, primeiro, crianças com comorbidades e indígenas, seguidas
das faixas etárias do mais velho ao mais novo.
Cirurgias eletivas
A Secretaria de Estado de Saúde (SES) e o Conselho de
Secretarias municipais de Saúde do Rio de Janeiro pactuaram pela suspensão de
todas as cirurgias eletivas nas unidades da rede pública, a partir de
segunda-feira (17). A medida tem como objetivo evitar a contaminação por
Covid-19 de pacientes e profissionais envolvidos nos procedimentos, além de
reduzir o impacto do afastamento de cerca de 20% dos profissionais de saúde da
rede. A redução do número de doações de sangue foi outro fator que contribuiu
com a decisão de suspender as cirurgias eletivas.