Em decisão unânime durante reunião extraordinária nesta
quinta-feira (9), o Conselho Consultivo do Patrimônio Cultural do Instituto do
Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) declarou as matrizes
tradicionais do forró como Patrimônio Cultural do Brasil.
O conselho, formado por representantes de instituições
públicas, privadas e da sociedade civil, também elegeu o forró como um
supergênero musical, por reunir ritmos nordestinos, entre eles, o xote, xaxado,
baião, chamego, a quadrilha, o arrasta-pé e o pé-de-serra. 👇
O pedido de registro para tornar o forró patrimônio
cultural foi feito em 2011 pela Associação Cultural Balaio do Nordeste, do
estado da Paraíba. Nos últimos dez anos, em parceria com comunidades
detentoras, foi realizada a descrição detalhada das matrizes tradicionais com
registro documental e audiovisual.
A conselheira Maria Cecília Londres, relatora da proposta,
fez uma ampla explanação sobre as origens do ritmo musical nordestino e da
palavra forró. A relatora destacou a relevância do forró por englobar
atividades como artesanatos, orquestras sanfônicas, escolas de dança,
preservação de instrumentos (rabeca, sanfona, triângulo, pífanos, zabumba etc).
Maria Cecília citou também a importância das organizações
de forrozeiros, criadas em vários estados para manter vivo o forró. Ao concluir
seu voto, a relatora disse ser plenamente a favor do registro das matrizes
tradicionais do forró como patrimônio cultural do Brasil.