Em assembleia virtual realizada nesta sexta-feira (29/01) pelo Sindicato dos Profissionais de Educação do Rio (Sepe-RJ), os professores e demais servidores da rede estadual de ensino decidiram pela deflagração da "greve pela vida" contra a volta às atividades presenciais. A votação foi concluída de noite e, entre os presentes, 89% optaram pela paralisação. A categoria já havia sinalizado que o retorno presencial só seria aceito após vacinação completa dos educadores, medida que ainda não saiu do papel. (continua)
No Estado do Rio, o retorno presencial começa em março, mas os profissionais já serão convocados a partir de fevereiro. Na assembleia, ficou decidido que os que forem convocados para as atividades não devem comparecer às suas unidades. "Com isto, os professores e funcionários das escolas estaduais mantiveram a posição contrária à volta do trabalho presencial nas unidades escolares como forma de resguardar a saúde da categoria, dos alunos e da população em geral", informou o Sepe, por meio de nota.
O sindicato também informou que, "durante a
discussão, também foi aprovada a manutenção do trabalho virtual pelos
profissionais e que o Sepe apresente ao governo as propostas que a categoria
vem discutindo desde o ano passado com a comunidade escolar sobre as
alternativas pedagógicas emergenciais para o enfrentamento às limitações
advindas com a pandemia".
O QUE DIZ A SEEDUC
Em nota, a Secretaria de Estado de Educação (Seeduc)
informou que "respeita a decisão da assembleia sindical, semelhante ao
posicionamento do ano anterior", mas entende que a Educação é atividade
essencial, e, por isso, "o compromisso do Governo do Estado é garantir que
milhares de adolescentes e jovens retornem ao convívio escolar seguro após
quase um ano de interrupção de aulas".
A pasta, hoje sob o comando do secretário Comte Bittencourt, ressaltou que sempre "manteve o canal de comunicação aberto e transparente com servidores e alunos". "Desde que assumiu a pasta, há quatro meses, o secretário de Educação já se reuniu diversas vezes com o Sindicato Estadual de Profissionais da Educação (Sepe) e entidades estudantis. Também está em diálogo permanente com o Tribunal de Justiça (TJRJ), o Ministério Público (MPRJ) e a Defensoria Pública (DPRJ), entendendo que a retomada das aulas presencias é de fundamental importância, especialmente para os estudantes em situação de maior vulnerabilidade social, que ficaram sem acesso à internet e mediação escolar em casa durante a pandemia", declarou.