O presidente Jair Bolsonaro assinou esta semana o decreto que prorroga, por mais dois meses, o auxílio
emergencial de R$600, destinado aos trabalhadores informais,
microempreendedores individuais, autônomos, desempregados e pessoas de baixa
renda durante a pandemia da Covid-19. Com isso, cerca de 64,1 milhões de
pessoas que tiveram o benefício aprovado receberão mais duas parcelas, no mesmo
valor. "Obviamente, isso tudo não é apenas para deixar a
economia funcionando, viva, mas dar o sustento para essas pessoas. Nós aqui que
estamos presentes sabemos que R$600 é muito pouco, mas para quem não tem nada,
é muito”, afirmou Bolsonaro em discurso no Palácio do Planalto.
A solenidade de prorrogação do programa foi acompanhada
pelos presidentes da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia, e do Senado Federal,
Davi Alcolumbre. Diversos ministros, além do vice-presidente, Hamilton Mourão,
também participaram da cerimônia. “São mais duas prestações e nós esperamos que, ao final
dela, a economia já esteja reagindo, para que nós voltemos à normalidade o mais
rapidamente possível”, acrescentou o presidente.
A Lei 13.982/2020, que instituiu o auxílio emergencial, foi
aprovada pelo Congresso Nacional em abril e previa a possibilidade de que um
decreto presidencial prorrogasse os pagamentos, desde que mantidos os valores
estabelecidos. Até a semana passada, o governo federal avaliava
estender o auxílio por mais três meses, mas reduzindo o valor de cada
parcela de forma decrescente, para R$500, R$400 e R$300, respectivamente.
“Estamos aqui para anunciar, pelo presidente, que
cumprindo o que o Congresso Nacional nos determinou, de que poderia, por ato do
Poder Executivo, prorrogar as três parcelas emergenciais, e é o que o
presidente está fazendo hoje, para garantir, por mais dois meses, a
continuidade do programa, que é essa grande rede de proteção, que permitiu,
junto com o BEM, que é o beneficio emergencial para aqueles que têm trabalho,
que preservássemos mais de 10 milhões de empregos e estender essa rede de
proteção a 65 milhões de pessoas”, afirmou o ministro da Cidadania, Onyx
Lorenzoni. O governo federal começou a pagar essa semana
a terceira parcela do auxílio.