A eleição suplementar marcada para 21 de junho foi provisoriamente suspensa
O plenário virtual do Tribunal Superior Eleitoral (TSE)
começa a julgar nesta sexta-feira (29) o pedido do Tribunal Regional Eleitoral
(TRE/RJ) para o cancelamento da eleição suplementar em Italva, inicialmente
marcada para 21 de junho. A Corte Regional também questiona a viabilidade de se
realizar uma eleição indireta, uma vez que o pleito regular ainda está marcado
para outubro.
No dia 11 de abril, o ministro Og Fernandes, do TSE, já
havia suspendido liminarmente a realização da eleição suplementar no município. Ainda que provisória, a suspensão atende a um
requerimento da presidência do TRE/RJ, que argumentou sobre os riscos para a
população local da realização de um pleito suplementar em meio à pandemia do
coronavírus.
No ofício, a presidência do TRE/RJ ainda alertou que não
havia hospitais públicos nem respiradores no município. A Corte Regional também
alertou ao que classificou como " temerário" "mobilizar e expor
os eleitores locais a uma inevitável aglomeração por duas vezes seguidas em um
curto intervalo de tempo. Isso, porque os eleitores de Italva teriam de votar
em 21 de junho e depois retornariam às urnas para escolher novamente o prefeito
e o vice, além dos vereadores da cidade, no primeiro domingo de outubro, data
do primeiro turno das eleições municipais em todo o país". Fonte: Folha 1
O QUE É UMA ELEIÇÃO INDIRETA?
Na eleição indireta a população não possui direito ao
voto. Os representantes são escolhidos em um colégio eleitoral, constituído por
uma assembléia fechada. Essa modalidade existe nos países parlamentaristas, onde
os primeiros-ministros são eleitos pelos parlamentares, estes sim eleitos em
eleições diretas, e nos Estados Unidos, onde o presidente é eleito por um
colégio eleitoral constituído pelos votos dos eleitores.