Um projeto de lei que pretende classificar as regiões
Norte e o Noroeste do Estado do Rio como áreas de semiárido e criar um fundo de
desenvolvimento econômico para os municípios foi protocolado na última semana
na Câmara dos Deputados, em Brasília. A proposta tem como objetivo criar mecanismos
institucionais de crédito e financeiros para destinar recursos para o
desenvolvimento dos municípios que integram a área.
De acordo com o texto do projeto, apesar de o Estado do
Rio se encontrar localizado no litoral do território brasileiro, os padrões
climáticos do Norte e Noroeste são contrastantes e com índices pluviométricos
baixíssimos, cujo regime vem sofrendo diminuição drástica, o que contribui
negativamente para o desempenho das atividades agrícolas, especialmente, pois dependem de recursos hídricos para a sua execução. Segundo o projeto de lei, os municípios beneficiados
serão: Campos dos Goytacazes, Cardoso Moreira, São Fidélis, São Francisco
de Itabapoana, São João da Barra, Carapebus, Conceição de Macabu, Macaé,
Quissamã, Itaperuna, Bom Jesus do Itabapoana, Italva, Laje do Muriaé,
Natividade, Porciúncula, Varre-Sai, Santo Antônio de Pádua, Aperibé, Cambuci,
Itaocara, Miracema e São José de Ubá.
O fundo de desenvolvimento, também estabelecido pelo
projeto, vai possibilitar a destinação de recursos para as atividades
produtivas das cidades que integram a unidade. “Essa medida vai ajudar principalmente os agricultores da
região, que poderão ter acesso a créditos com juros mais baixos”, explicou o
deputado Wladimir Garotinho (PSD), autor do projeto que está em fase de
tramitação. “Com isso, mais empregos serão gerados e mais dinheiro
vai circular pelas cidades, contribuindo para o desenvolvimento da região e
para o aquecimento da economia”, afirmou o parlamentar.
Estiagem em 2017
A última grande estiagem que castigou as regiões foi
registrada em 2017 e resultou na morte de mais de 20 mil cabeças de gado. O
prejuízo na economia desses municípios passou dos R$ 70 milhões e 14 cidades
decretaram emergência. A falta de chuva também gerou o aumento no número de
queimadas e problemas no abastecimento de água. Fonte: G1/NF