Da ponte de Italva é possível ver um tapete verde - Foto: Gilmar Sana |
Em alguns pontos do Rio Muriaé em Italva a vegetação
conhecida como gigoga já cobriu a água de um lado ao outro. A imagem tem sido
comum nos últimos meses, mas diversos moradores, inclusive os mais antigos,
relatam nunca terem visto algo parecido. A Secretaria Municipal de Defesa Civil chegou a fazer uma limpeza semanas atrás, mas o problema persiste. Na verdade o
fenômeno é conseqüência do baixíssimo nível que o Muriaé vem apresentando nos
últimos meses. Hoje é possível andar pelo curso do rio, onde deveria estar
coberto por mais de 2 m de água. Em meio às pedras já expostas, é possível
encontrar peixes mortos.
Na última quinta-feira o nível chegou a 1,70m em Italva,
bem abaixo da menor média histórica que é de 2,20m. Segundo informações da
Defesa Civil, neste ano de 2017, em um momento ainda mais crítico, o nível
chegou a 1,62m. Para se ter uma idéia do problema, para transbordar, como já
ocorreu diversas vezes, ele precisa chegar aos 6,50m em Italva.
O problema é muito sério e o sentimento se resume a uma
angústia, pois toda água consumida em Italva é proveniente da estação de
tratamento da Cedae, que capta o líquido diretamento do rio. O problema é
agravado pois grande parte da população italvense ainda não se atentou
para o problema e não está economizando água. Ainda é possível ver na cidade
muitos moradores lavando ruas, calçadas e carros, desperdiçando água. Caso a situação não mude, a cidade poderá sofrer um processo de desabastecimento
(racionamento, falta de água), se a população não colaborar.