Agentes penitenciários do Estado do Rio de Janeiro deram
início a uma paralisação à zero horas desta terça-feira (17). Além de estarem
com o salário de dezembro e com o 13º salário atrasados, os agentes reivindicam
a melhoria das condições de trabalho, já que os presídios estão superlotados e
não houve aumento de efetivo. A informação é do Sindicato dos Servidores do
Sistema Penal. A paralisação durará até a próxima segunda-feira (23/01),
quando uma nova assembleia será feita. Serão mantidos o fornecimento de
alimentação, o cumprimento dos alvarás de soltura e a saída de presos para
atendimento médico.
Polícia Civil também paralisou suas atividades por 72
horas a contar do zero horas desta terça dia (17/01) quando em uma assembleia
realizada na noite da segunda-feira (16/01), na Tijuca, Zona Norte do Rio, foi
decidido o início da paralisação. Representantes dos sindicatos da Polícia Civil, dos
delegados e dos peritos também estiveram na reunião. No Instituto Médico-Legal
(IML), deve ser mantido apenas o atendimento aos casos considerados
emergenciais. No noroeste fluminense, as Delegacias, 135ª
(Itaocara) 136ª (Santo Antônio de Pádua), 137ª (Miracema) de 138ª (Laje do
Muriaé), 139ª (Porciúncula), 140ª (Natividade), 141ª (São Fidélis), 142ª (Cambuci),
143ª (Itaperuna),144ª (Bom Jesus do Itabapoana), 148ª (Italva) aderiram à
paralisação estipulada por sua categoria. Os serviços comuns de queixa do
cidadão estão suspensos, mas quaisquer flagrantes conduzidos pela PM serão
administrados e recebidos.
O Presídio e Casa de Custódia Diomedes Vinhosa Muniz
(Itaperuna), administrado pela SEAP e que atende toda região noroeste
fluminense, diz que não aderiu a paralisação da categoria e manterá suas
atividades. A Polícia Militar, através dos dispositivos constitucionais
para manutenção da ordem pública, mesmo com o 13º e o salário de dezembro em
aberto, determinou a todas as suas unidades que estejam em estado de alerta
para eventuais distúrbios e que estejam prontos para assumirem as funções a que
forem determinados.