Estamos em mais um ano eleitoral e já começou a
corrida pelas vagas da Câmara Municipal e da prefeitura. É claro que por hora os pretendentes estão buscando
alianças que ajudem em seus projetos para “melhorar” a cidade. Somente em
julho, após as convenções partidárias, a população vai começar a conhecer os
nomes que concorrerão no pleito de outubro próximo.
Mas uma coisa está me incomodando muito; O mais do mesmo.
Sempre ouvi as frentes partidárias trabalharem o lema mudança em suas campanhas
e quando chegam lá, as únicas mudanças que vemos são as das cadeiras dos comandos e
das vagas disponíveis sem concurso. Mudança sem inovação não adianta, é trocar
seis por meia dúzia. Parece que temos que torcer por um governo que seja menos
inerte ou que faça menos falcatruas, pois projetos reais e palpáveis de
desenvolvimento ficam sempre em segundo plano e acabam no esquecimento.
Governo que paga servidor em dia, recolhe o lixo
corretamente e mantém a cidade limpa não é o suficiente. Precisamos de INOVAÇÃO,
que é bem diferente de mudança. O cidadão está cansado dos mesmos discursos,
das mesmas idéias retrógradas, do fanatismo político, dos constantes ataques
aos adversários, das inimizades por divergências de opinião, enfim, precisamos
avançar para um patamar muito além daquele que estamos acostumados.
Assim que a campanha eleitoral começa parece que se toca
o gongo de uma arena de luta livre. É cada um por si e Deus por todos.
Candidatos que tentam garantir apoio e voto a qualquer custo, e quem vai pagar
esse custo? Nós! Somente nós. Não se debate inovações, mas quem tem a ficha
mais suja, até mesmo no âmbito pessoal. Tem sido uma guerra e uma corrida por
vagas na prefeitura e depois continua o mais do mesmo. Um novo governo, as
mesmas estórias, as mesmas reclamações, as mesmas deficiências e os discursos
conhecidos de quem está fora quer entrar e quem está dentro não quer sair.
Como eleitores vamos pensar e agir diferente
este ano. Vamos cobrar inovação e não vaga na prefeitura. Vamos cobrar
compromisso e não tapinha nas costas. Vamos cobrar serviço e não um favorzinho
pessoal. Não façamos como nos tempos antigos em que o coronelismo ditava as
regras indiretamente com “presentinhos” que pagávamos em suaves prestações de
96 meses.
Erivelton Mendes é radialista desde 1995 e atualmente apresenta o Programa Canal Livre na Rádio Oásis FM em Italva. Saiba mais clicando aqui. Também está no Facebook e no Blogger.