TELEXFREE É CONDENADA A PAGAR R$ 3 MILHÕES POR DANOS MORAIS COLETIVOS


A Justiça do Acre, por meio da 2ª Vara Cível da Comarca de Rio Branco, condenou a empresa Ympactus Comercial S/A - conhecida popularmente como Telexfree - ao pagamento de R$ 3 milhões por danos extrapatrimoniais coletivos. De acordo com o Tribunal de Justiça do Acre (TJ-AC), a sentença foi dada nesta quarta-feira (16/09) e deve ser publicada no Diário da Justiça ainda esta semana. De acordo com a juíza Thaís Khalil, titular da vara, o entendimento da Justiça é que, ao contrário do que era defendido pelos responsáveis, a empresa representava, realmente, um esquema de pirâmide financeira e não uma rede de marketing multinível. A decisão ainda cabe recurso.

A magistrada explica que o montante estipulado pela determinação não se trata do valor destinado aos divulgadores. "Esse valor é por danos morais coletivos, destinados ao fundo nacional de proteção do consumidor. Sobre o valor dos divulgadores, cada um terá que apurar individualmente, apresentando uma liquidação de sentença para demonstrar o que tem a receber", afirmou. Segundo o TJ-AC, na decisão, foi determinada a nulidade dos contratos firmados entre a Telexfree e os divulgadores, uma vez que se tratava de uma pirâmide financeira. Com isso, a empresa fica obrigada a devolver aos divulgadores os valores que foram investidos por eles, sendo abatido qualquer dinheiro recebido como lucro.

A empresa foi condenada ainda à obrigação de não celebrar novos contratos no mesmo modelo, sob possibilidade de multa de R$ 100 mil por cada novo contrato celebrado. Ao G1, Roberto Duarte Júnior, um dos advogados da empresa, disse que a Telexfree ainda não foi notificada oficialmente e só deve se posicionar após tomar conhecimento da determinação. Fonte: G1-Acre

FEBRE EM ITALVA
Enquanto estava em funcionamento, a Telexfree conseguiu centenas de adeptos em Italva. A notícia de ganho rápido e fácil de dinheiro se espalhou e muitos aplicaram suas economias no novo negócio. Informações dão conta de que pessoas venderam até imóveis para levantar o recurso. Até mesmo uma reunião muito concorrida aconteceu em um colégio da cidade para apresentar o sistema, relembre aqui. Alguns defendem a empresa e dizem que a mesma está sendo alvo de perseguição e que a justiça será feita, pois a mesma deve recorrer desta decisão. O imbróglio já dura mais de dois anos.
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