Os assentamentos rurais já regularizados no estado estão
recebendo auxílio do Instituto de Terras e Cartografia do Rio (Iterj) para
enfrentar a estiagem. Com um investimento de cerca de R$ 600
mil, o kit Salva Lavoura, composto por bomba, canos e conexões, está
sendo levado a cidades atingidas pela falta de chuva, como Italva. Ao todo, são
50 kits chegando a 24 assentamentos acompanhados pelo Iterj. Técnicos do
Instituto estiveram em Italva para vistoriar a instalação do material nos
assentamentos. – São 2.456 famílias atendidas pelo Instituto, todas
em área rural e dependendo da terra como fonte de renda. Esta ajuda vem em
momento crucial não só para os produtores, mas para garantir que não haja
desabastecimento de alimentos – afirmou o secretário estadual de Habitação,
Bernardo Rossi.
O programa experimental foi iniciado no segundo semestre
do ano passado, já prevendo um verão de pouca chuva. – Queremos ampliar o programa não só em função da
seca, mas para garantir aumento das produções o ano todo, em áreas mais áridas
– explicou o secretário.
Cada kit está orçado entre R$ 10 mil e R$ 12 mil,
dependendo da fonte de energia da bomba – diesel ou eletricidade. Ele engloba
ainda os canos e conexões, de acordo com o tamanho da propriedade. O material é
de fácil montagem e desmontagem e pode ser rapidamente direcionado a outras
regiões, assim que voltem ao normal os recursos hídricos dos locais onde estão
instalados. O kit faz parte do programa de irrigação desenvolvido pelo Iterj em
parceria com o BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social). Em
Italva, o kit chegou a assentamento formado 70 famílias produtoras rurais. Os
técnicos do Iterj fazem a colocação dos equipamentos e acompanham o
desenvolvimento das lavouras.
– Essa assistência aos assentamentos é permanente. Eles
foram regularizados, receberam treinamentos, insumos e equipamentos. O
Instituto acompanha o desenvolvimento das produções sempre buscando que os
agricultores agreguem conhecimento e tecnologia, o que possibilita aumentar e
consolidar suas produções e melhorar de vida – afirmou a presidente do Iterj,
Mayume Sone. – Todo o processo é feito dentro das normas
ambientais e com produtores que já entendam do manuseio de uma irrigação. O kit
foi projetado para irrigar até um hectare de terra em poucas horas – explicou
Leonardo Lopes, engenheiro agrônomo, especialista em sistemas pressurizados de
irrigação, funcionário do Iterj e responsável pelo projeto. Imprensa/RJ